segunda-feira, 12 de julho de 2010

Poema Sacana

Entreaberta, mas a gargalhada escapa cínica...
Admoesto os meus próprios pensamentos
num sermão tímido só para o eu escutar,
e ouço daqui você sorrir da minha mímica.

Não ligo; as emoções não são superficiais,
nossas palavras; soltam-se leves, cúmplices,
e os gestos inda que totalmente virtuais,
vibram como se não fossem, de tão naturais.

Apesar das terras roxas, longe da minha estância,
fundiram-se os quereres, as bem-aventuranças,
nas trocas do prazer de dar e receber a alegria.
Mesmo com essa dificuldade já dita da distância.

Há e haverá o amor fraterno, com acuidade e zelo,
como planta germinada que enraizou forte,
cresce frondosa, cheia de flores, frutos e mais;
mostrando com emoção; que a poesia é um norte.

Então te surpreendo. me revelo um sacana incorrigível,
declamando meus versos, rimando, sorrindo, “zoando”,
tentando cantar os poemas com a voz sem falsete,
roubando descaradamente um beijo dessa tua boca,
[gostosa... toda lambuzada de sorvete.

Um comentário:

  1. Ah poesia! Ah poetas! nestes tempos em que não há tanta beleza pra declamar, por isso gritamos, nestes tempos em que há muita sacanagem pra denunciar! bjs.

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