sábado, 18 de dezembro de 2010

Renda-se como eu me rendi

O vestido rendado,
revela pedaços do corpo que é dela.
E no final deste compasso,
fico um tanto desconfiado do vestido,
porque ele muito esperto, deixa rastros
de algo que procuro nela.
E a voz dela grita:
"Renda-se, como eu me rendi!"
E a renda do vestido encanta
e revela tudo aquilo compactuado
com meu coração.
Aqueço o que sinto, em uma folha
amassada, queimada pela vela.
E o que resta, são as linhas esparramadas.
E o vestido rendado ri, num riso peculiar de
vestido...Que sabe se valer de suas rendas,
rendidas naquele corpo por quem não me rendi!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Quietude...



Quero gritar este amor silente
Para calar almas abatidas
na queda do paraíso.
Espíritos decaídos
não querem nada além
de berros...berros de barro.
Este lance todo? PARADOXO
PA RA DO XO
Não calou meu coração,
Cala-te rapaz, não grite
pedra calcarea.

domingo, 31 de outubro de 2010

Felicidade desconexa...

Às 01h14m da madrugada posso dizer que me sinto orgulhosa, eu e toda a juventude progressista que apoiou Dilma escrevemos novo capítulo na história do nosso país. 
Eu me sinto tão guerreira, tão forte, tão completa. Na verdade não sei exatamente o que sinto, é um pouco de euforia e um excesso de responsabilidade, porque sei que esta escolha, a escolha do lado da trincheira, me coloca como responsável com a eleição dessa mulher. Sei que irão me apontar, que irão me cobrar, e eu tenho que estar preparada para continuar nessa luta. Sei que a luta não acabou, na verdade ela apenas começou, claro que avançamos na vantagem, mas isso não significa certeza de vitória. Também sei que a luta não será fácil, se bem que luta fácil não é luta, se fosse fácil, assim não se chamaria. E não posso deixar de falar que, meu comprometimento com essa nova etapa, nesta luta, é cada vez mais flagrante, sou parte disso e quero sê-lo, não vou descansar enquanto este país, não deixar de ser o país de poucos. Concordo que avanços aconteceram, mas também saliento, não foram o suficiente. Os meios de comunicação continuarão nossos inimigos, os movimentos sociais ainda são um elemento de crítica, e os intelectuais ainda são aqueles que poucos escutam, e a mídia não mostra. Mas com certeza colocamos o dedo na ferida, com certeza aquela Carta Capital da Faculdade não ficará mais tanto tempo parada no mostruário, com certeza o blog do PH, do Luís Nassif, do Miro e de outros terão um pouco mais de acesso, e digo mais, a direita vai ficar esperta! 
Mas não é por isso que escrevi este post, este post é pra todos saberem que eu elegi a primeira presidente do Brasil. Eu soa totalmente narcisista, e é pra soar assim mesmo, porque eu elegi, de fato. Em uma analise rápida, o povo elegeu e eu faço parte do povo, com isso eu elegi! Tá, tá! Muito exercicio de subsunção faz mal pro ego, mas eu precisava disso pro meu ego, precisava ver a Dilma lá! Porque eu sou mulher, e eu cansei de ser a mulher que abaixa a cabeça, eu cansei de ser a mulher que fica atrás, cansei de ser a mulher que paga de rebelde, porque não engole o que os homens falam. Eu precisava dessa mulher pro meu ego, ela me libertou, ela foi e será o novo rumo dessa luta. 

Eu precisava desabafar, precisava gritar que é DILMA e mais nada, não tinha outra opção. E agora espero que coloquem essa mulher, no lugar que é de fato dela, no lugar da guerreira brasileira, que não se calouu perante a repressão dos anos de chumbo, que não foi atrás de um casamento lucrativo, que não abaixou a cabeça, que não fugiu. Espero que as mesmas mulheres que me disseram que ela não seria capaz, porque não faz o jogo imbecil da falácia da direita, veja quem é essa mulher, porque essa mulher sou eu! Essa mulher é você, é sua mãe, sua irmã, sua neta, sua amiga...essa mulher é a mulher que mudou e mudará os rumos de tudo isso que representamos. Essa mulher é a mulher brasileira, que levanta cedo e trabalha o dia inteiro, que poem comida na mesa...que cria filho, que faz milagre...que dá a vida...que chora e que ri...essa é a mulher. Primeira mulher presidente do Brasil.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Agora é a hora...para muitos sera apenas mais um pleito, mas para nós que nos preocupamos de fato com os rumos que nosso país deve tomar, essa será uma data histórica. Temos que ter plena consciência do que isso significa para nosso país, essa história que parece tão curta aos olhos do mundo, se relevará em um imenso salto às alturas das grandes potências progressistas, elegendo a PRIMEIRA PRESIDENTA DO BRASIL. Isso não é apenas a demonstração do que a mudança trazida por Lula em 2002 culminou à nossa militância, mas sim, o que ela culminará para toda uma trajetória de luta. E como é luta, não pode ser fácil, porque senão assim não se chamaria. A luta tem que ser dolorosa, ela tem que forjar caráter, tem que construir caminhos e romper barreiras. O que nos tem que ser bem mais claros que isso, é que: esta eleição é plebiscitária, só existem dois, APENAS dois projetos de governo. O primeiro que remete ao retrocesso, as privatizações e comprometido com a criminalização dos movimentos sociais...e o segundo de cunho progressista, que quebrou o ciclo de negligencia e marginalização da massa e que ouviu as reivindicações dos movimentos de base, não só, transformou-as em pauta de governo.
Não é o suficiente, e não devemos deixar a luta estagnar, entretanto, será inconcebível a luta retroceder.
Somos um país novo, e este é o momento histórico propício, a batalha nas trincheiras ja começou, e estaremos prestes a ver a derrocada da direita.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Que tédio

Aiii que tédio! Eu odeiooooooo o tédio...

Eu aprendi sobre o tédio, quando tinha 5 anos. Lembro até hoje da primeira vez que escutei a palavra: tédio!
Foi mais ou menos assim: Eu e minha prima não tinhamos nada para fazer, e do nada ela soltou:

- Que tédio!

Eu como não sabia o que era essa porcaria de tédio, respondi de lapso: - Né!

E fiquei com a pulga atrás da orelha, o que me fez ir bem mais além, fui ao pai dos burros e consultei a referência TÉDIO!

Tédio: falta de estímulo.

PUTZ fiquei na mesma!

Mas a vida ensina, hoje sei exatamente o que é TÉDIO, e parece que ele tem me perseguido ultimamente.

- Ai que tédio....

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

hEY babY

Havia luz sim, apesar de tentar fugir para
não incomodar a ressaca. – DROGA! Mais um
dia – reclamou levantando do divã. Naquele
divã não havia nenhuma confissão, na verdade,
nele depositado, uma série de declarações
engolidas com muito mal gosto.
Pensava o motivo do passado te procurar, porque
voltar novamente aquele drama todo, que foi
superado a tanto custo. Mas ele estava lá, e
precisava espanta-lo, para não morrer novamente
do desgosto de lembrá-lo.
Traçava um plano, um plano simples, um plano de
sobrevivência. Não importava se não era nada meticuloso,
havia se cansado de complicar tanto as coisas.
Iria dar o troco, - Invade meu pensamento, rouba meus
sentimentos e se apropria ilegalmente do meu coração! Mas,
minha sanidade? NÃOOOO, minha sanidade não!
Tente vir novamente com seus olhos, o troco será dado,
afinal, olho por olho!

heY baby

Seu estúdio estava totalmente escuro
e as peças pareciam vivas.
Uma série de imagens, grudadas às paredes,
como se delas nascessem e lá fosse sua
parcela do paraíso.
Os contornos perfeitos, se desenhavam
embebedados em beleza, luxúria e
mentira. Lá havia toda sorte de sentimento
que não pudera viver, toda a dor e a tragédia
que sua vida se transformará, por não saber
amar, ou por não saber ser correspondida.
Havia de tudo naqueles traços, olhos vivos,
olhos desejosos, olhos mentirosos, olhos de
CAPITU. Todos os olhos, que ela observou,
todos os olhares que ela roubou. Porque
nada mais poderia ter, além de olhos e
olhares.
E a tinta continuava a correr, em traços violentos
com seu desejo encalacrado, grudado, fadado
na parede branca de seu estúdio.

domingo, 19 de setembro de 2010

hEy bAby

- Não existe redenção para as mágoas que ficaram,
o que sobra depois de um coração partido?
Só um monte de pedaços que não servem para nada...
- Mas ainda temos os pedaços?...
- Por favor, chega de remoer o passado,
não quero lembrar do que já esqueci. Deixe meu
baú de retalhos...
- Não posso, porque neste baú tem pedaços meus.
Esta sendo egoísta!
- Estou tendo humanidade. Acho que foi isso que faltou
naquela noite!
- Esta enganada! Foi o que mais teve naquela noite,
humanidade!
- Chega de querer ser feliz as minhas custas! Vá embora
de vez...

hEy Baby

Sala estava lotada, e o barulho absurdo.
O olhar lançado da frente era gelado,
o silêncio impetrou, como norma absoluta.
Um sorriso se desenhava ao fundo, alguém
contemplava cada movimento, no quadro
palavras saiam, um pouco tortas e sem
linhas, mas eram palavras de algo
que ninguém conhecia.
Virou-se e ao olhar ao fundo
o sorriso persistia. - Que perseguição -
pensou silenciosamente.
A aula continuou com algumas pausas para
perguntas, as respostas eram rapidas e
objetivas, sem levantar polêmicas.
Ecoou o sinal, todos se levataram sem
nem mesmo perceber que não havia terminado.
- Dane-se! - pensou novamente em seu silencio.
Cruzou a porta, e a sua surpresa. O sorriso
estava ali, como se fosse sua sombra.

- Pensou em uma resposta melhor para mim?
Vejo que responder é um dom, acredito que
não tera problema para me dar amostras disso!

- Não tenho respostas, não quero falar sobre isso!
Pare de seguir meus passos, a dois anos você
nem pensava em mim, agora sou o motivo de sua agitação?

- Você sempre foi todo o motivo, só que hoje, não
é só motivo, mas necessidade!

- Fique com seus préstimos e suas necessidades...

- Você disse que me salvaria, prometeu me dar tudo.
Sei que sou a ultima coisa que pensa quando vai dormir.

Novamente o silêncio, mais uma vez o olhar.
A chuva começava a cair, e os barulhos remetiam
a um lugar no passado, que certamente não precisariam
de respostas para acontecer.
Sairam em passos opostos, sem nada a dizer. Mas
a lembrança era compartilhada, porém só isso
era compartilhado.

hEy babY

Naquela manhã chovia, chovia muito forte lá fora!
O tédio também era forte, acho que a unica coisa
que não era realmente forte era o vazio, que
se preenchia pela leitura de um livro velho,
aos pedaços com folhas amareladas.
Naquela manhã, as marcas ficaram nas janelas,
apesar de faltar nome, e sobrar intenções,
havia uma coisa interessante, o assento conjugado!
Entre uma esquina e outa, as mãos se tocavam levemente
O silêncio dizia:
- Sinto muito!
Haviam sorrisos e gentilezas, as estranhesas se
quebravam no toque de dois estranhos em um vagão.
E a chuva era torrencial, chuva de verão!


E foi assim que "?" lembrava daquela manhã no fim da
tarde, onde ainda não havia nenhuma mágoa para lembrar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

até a ultima migalha

A intimidade surge do silêncio,
do apego, da necessidade.
quando você não consegue encontrar
em mais ningguém aquilo que só
encontra em determinada pessoa.
As palavras só importam e formam
frases ao lado de um sujeito
e o resto é tudo predicado.
Quando o amor e o sentimento
estão velados à um momento
Que ninguém entende, ninguém
vê, mas ambos entendem.
Te quero até a última migalha.

hey baBy

- Você por aqui novamente?
- É pois é, não gostei muito da
resposta do outro dia!
- E o que você quer que eu faça
“?”...
- Quero que pense em uma resposta
melhor para me dar!

Ficaram apenas com os olhares,
e o silêncio...não havia nada
a ser dito naquele momento.

- Preciso entrar!...

hey baBy

- Sim, ela talvez tenha insinuado
que eu sou apaixonada por você!
(como se fosse algum segredo)
- E se eu for, é um problema meu
Unicamente meu, você não tem
absolutamente nada a ver com isso.
Afinal, Eu nunca te cobrei nada
na verdade nem sei o que esta
fazendo aqui, na minha vida.
Eu não te dei autorização para entrar,
mas já que esta aqui, fique a vontade
e feche a porta ao sair.

Talvez não fosse essa a resposta que “?”
esperava, mas era a única que tinha no
momento.
Então saiu, em choque com tudo o que havia
ouvido, e parecia que não reconhecia mais
o olhar que tanto esperava, olhando nos
ponteiros do relógio.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O Macaco Nu

Em minhas andanças com emu camarada Alcides, nos sebos paulistanos na Liberdade-Sé, de forma despretenciosa visualizei um achado! Um livro que de tão interessante, não posso deixar de lhes oferecer pelo menos o gosto da leitura.
Entitulado "O macaco nu" em palavras de Demond Morris, em uma lição antropológica evolutiva da condição humana, ele descreve de forma biológica os avanços sociais que gozamos hoje. Com uma visão menos sóciocultural e muito mais genética, ele descreve o comportamento humano, tanto de forma individual, quanto coletiva. 
Certamente uma pegada interessante, para os malucos curiosos que não tem nada para fazer nessas férias tediosas! Assim que terminar o livro fica a disposição de todos, deixo um post aqui é só pedir!

Trechinho para uma libido intelectual:

"[...] Assim, aqui esta o nosso Macaco Pelado, vertical, caçador, colecionador de armas, territorial, neotênico e cerebral, primata de origem e carnívoro por adoção, preparado para conquistar o mundo. Mas ele é ainda um modelo novo e experimental, e os protótipos tem muitas vezes defeitos. Neste caso, as princiapais complicações dependerão do fato de os seus progressos culturais ultrapassem muitas vezes os genéticos. Os genes atrasaram-se e ele nunca esquecerá que, apesar de todas as modificações que introduza o ambiente, continua, bem no fundo, a ser um macaco pelado.[...]"

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Poema Sacana

Entreaberta, mas a gargalhada escapa cínica...
Admoesto os meus próprios pensamentos
num sermão tímido só para o eu escutar,
e ouço daqui você sorrir da minha mímica.

Não ligo; as emoções não são superficiais,
nossas palavras; soltam-se leves, cúmplices,
e os gestos inda que totalmente virtuais,
vibram como se não fossem, de tão naturais.

Apesar das terras roxas, longe da minha estância,
fundiram-se os quereres, as bem-aventuranças,
nas trocas do prazer de dar e receber a alegria.
Mesmo com essa dificuldade já dita da distância.

Há e haverá o amor fraterno, com acuidade e zelo,
como planta germinada que enraizou forte,
cresce frondosa, cheia de flores, frutos e mais;
mostrando com emoção; que a poesia é um norte.

Então te surpreendo. me revelo um sacana incorrigível,
declamando meus versos, rimando, sorrindo, “zoando”,
tentando cantar os poemas com a voz sem falsete,
roubando descaradamente um beijo dessa tua boca,
[gostosa... toda lambuzada de sorvete.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Eu não leio entrelinhas, eu só sei ler entre abraços, entre beijos e entre amassos!
Não suporto meias palavras, gosto de sapatos palavras, vestidos palavras e camisas palavras, de preferência espalhadas pelo chão.
Meu negócio é olhar, e tocar de tanto olhar, sentir de tanto olhar. Olhar sem precisar ver nada, no escuro!
Vamos ali pra eu contar um segredo, que este segredo o meu desejo. Velado em você!

Caraca porque é tão dificil consertar uma merda!? Deve ser porque elas servem para alguma coisa, sabe?! Para pelo menos você falar que ja fez merda na vida!!!

Dica de hoje: não binquem com sms eles podem ser sérios, e destruir seu conto de fadas (to gay hj!)