domingo, 19 de setembro de 2010

hEy Baby

Sala estava lotada, e o barulho absurdo.
O olhar lançado da frente era gelado,
o silêncio impetrou, como norma absoluta.
Um sorriso se desenhava ao fundo, alguém
contemplava cada movimento, no quadro
palavras saiam, um pouco tortas e sem
linhas, mas eram palavras de algo
que ninguém conhecia.
Virou-se e ao olhar ao fundo
o sorriso persistia. - Que perseguição -
pensou silenciosamente.
A aula continuou com algumas pausas para
perguntas, as respostas eram rapidas e
objetivas, sem levantar polêmicas.
Ecoou o sinal, todos se levataram sem
nem mesmo perceber que não havia terminado.
- Dane-se! - pensou novamente em seu silencio.
Cruzou a porta, e a sua surpresa. O sorriso
estava ali, como se fosse sua sombra.

- Pensou em uma resposta melhor para mim?
Vejo que responder é um dom, acredito que
não tera problema para me dar amostras disso!

- Não tenho respostas, não quero falar sobre isso!
Pare de seguir meus passos, a dois anos você
nem pensava em mim, agora sou o motivo de sua agitação?

- Você sempre foi todo o motivo, só que hoje, não
é só motivo, mas necessidade!

- Fique com seus préstimos e suas necessidades...

- Você disse que me salvaria, prometeu me dar tudo.
Sei que sou a ultima coisa que pensa quando vai dormir.

Novamente o silêncio, mais uma vez o olhar.
A chuva começava a cair, e os barulhos remetiam
a um lugar no passado, que certamente não precisariam
de respostas para acontecer.
Sairam em passos opostos, sem nada a dizer. Mas
a lembrança era compartilhada, porém só isso
era compartilhado.

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